10 junho, 2008

Sex and the City - o filme

Quatro mulheres que sempre se vestem bem: bolsas Prada e Louis Vitton, perfumes Channel, sapatos Manolo Blahnik, roupas Cavalera, de La Renta, Dior e uma incessante busca por algo que não tem marca: amor. Apesar do filme fugir ao bom humor original da série, ele trata perfeitamente do amor. Através de quatro histórias paralelas, o amor é descrito nas suas mais variadas formas e manifestações:
A felicidade plena, a traição e o perdão, o amor-próprio e a infidelidade e o abandono. Este último é o ponto crucial do filme. O homem que depois de anos de namoro decide se casar e, num estalo de covardia, abandona a noiva no altar. Falando numa escala menor, podemos perceber quantos amores são abandonados antes mesmo de começarem. Quantos homens abandonam amores e pessoas simplesmente pela falta de coragem de se envolver. Sem que percebam, justificam esse abandono das formas mais patéticas acreditando que a mulher, em sua pureza, vai acreditar nelas também. E muitas realmente acreditam, ou fingem que acreditam. Mas como mulher posso dizer que as mulheres pensam muito. E pensamos que os homens dão desculpas patéticas que não nos convencem por que simplesmente preferimos acreditar nessa versão do que na versão simplificada: quando eles não querem se envolver, não querem mesmo e não se envolvem e não dizem isso diretamente por que para eles parece óbvio, mas para nós, que lemos as entrelinhas e que inventamos muitas delas, o não quer dizer sempre um talvez, tenho medo ou não sei. A eles não falta coragem para assumir um relacionamento, falta vontade. A nós falta coragem para aceitar isso.

Sem comentários:

Enviar um comentário