12 de outubro de 2011: inferno astral. Faltam quatro dias para o meu aniversário e aí está uma data que nos deixa sensíveis a reflexões. Vou fazer 26 anos e algumas questões de ordem psicofisiológicas começam a tomar proporções gigantescas nos meus pensamentos cotidianos.
A maioria das minhas amigas está casada/namorando-prestes-a-casar, então por que será que eu não sinto a urgência de um compromisso tão sério quanto um casamento perfeito e uma casa com filhinhos? Não era suposto que eu, depois de 3 anos com o meu namorado, estivesse louca para entregar meu coração pra sempre em forma de uma linda aliança no dedo, como todas as meninas sonham?
E por que cargas d'água eu prefiro dançar loucamente numa balada, embriagada de um bom vinho, sem hora pra dormir, enquanto as meninas da minha idade preferem cinemas e cartas de amor ou cerveja e caranguejo, numa mesa de bar? Podem parecer questões idiotas, mas influenciam enormemente a minha vida quando, em pleno fim de semana, eu não tenho com quem sair por que ninguém próximo na minha vida, se comporta como eu.
Serei eu uma adulta presa na sede desmesurada de viver? Na urgência adolescente do excesso? Qual foi a aula da vida que eu perdi e que, aparentemente, todo mundo assistiu? Ou pior, qual foi a aula que eu assisti sozinha, na primeira fila, prestando tanta atenção? E qual foi o vagão do trem que acalma os ímpetos, a mente e o coração das meninas acima dos 20 anos, que eu deixei passar?